domingo, 23 de dezembro de 2007

Luz esquecida




Faz tempo que o candeeiro do arco fez furor na localidade. Foi recebido por todos com alegria, servindo de local de reunião e confraternização. Protegeu da escuridão quem por ele passava, iluminou saudações e discussões, confissões e desilusões. Com o tempo, mais candeeiros surgiram, não como o do arco, mas mais altos, belos e com uma luz mais radiante. Caído quase no esquecimento de todos, a luz do arco deixou de ser cuidada, o velho candeeiro apenas iluminava com ténue luz um pobre mendigo que por debaixo dormia. Hoje esquecido por todos, o velho candeeiro do arco apagou-se para sempre.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Já tinha saudade




Um dia chuvoso e de frio me recebeu hoje, fazia tempo que não me encharcava em roupas quentes e de cachecol. As folhas das arvores caiam como a chuva, tornando o ambiente que me rodeava colorido de um dourado contrastando com o cinza do céu. Que saudades dos dias assim.

Simplesmente (muito) importante

Hoje acordei com vontade de mudar aos poucos o meu estado de baixo astral que me presegue à semanas (tenho vergonha de afirmar meses). Sorri a todos os conhecidos que me olhavam e me cumprimentavam. Olhei para o céu com atenção, coisa que não me atrevia a fazer à algum tempo, e reparei que estava diferente, com um azul vivo mais brilhante. Minutos depois um desejo de bom dia por sms deixou-me ainda mais feliz. Coisas simples que afinal conseguiram mudar-me... pelo menos por um dia.

Às vezes acontece

Só tentamos ser fortes nas alturas de fraqueza, quando não temos ninguém por perto para desabafar e chorar. Antes, como sentimos o amparo de alguém que nos é querido, nunca imaginamos que a sua ausência nos derruba ao ponto de nos sentir-mos vazios e desorientados.

Guardo-te no meu peito

O meu petiz perguntou-me que terra existe no céu, sim terra. Inicialmente não compreendi o que queria saber, depois ele explicou: "Sim terra, as pessoas que morrem vão para o céu é porque lá existe uma terra!". Mais uma daquelas perguntas que me deixam a pensar... pouco depois respondi que essa terra existe dentro de nós, no nosso coração, onde essas pessoas vão viver até que sintam que gostamos delas. Acho que ele compreendeu alguma coisa da mensagem, ou talvez ele tenha adiado por mais uma vez uma pergunta quase sem resposta.

Torres Novas

Quem diria... Pareço um idoso, sentado num banco de jardim numa urbe que hoje visitei pela primeira vez. As pessoas passam e olham-me com alguma admiração. Ou porque é estranho alguém da minha idade estar aqui sentado ou por ser habitual os pombos cagarem da árvore que me protege do sol. À pouco visitei um museu de exelente qualidade, quer pela arte exposta quer pelas acessibilidades para quem tem mobilidade reduzida. Desde o periodo pré-histórico ao romano e até à arte sacra o espólio é de grande valor. Aconselho vivamente visitarem o museu municipal de Torres Novas.

Montanha Russa




Sem duvida alguma que a vida mais parece uma montanha russa cheia de altos e baixos, claro que quando temos perfeita consciência que é uma diversão tudo é bom, mas o pior é que a vida não o é. Os picos altos são cheios de adrenalina e emoção, uma autêntica delícia. As descidas são extremamente perigosas, não sabemos quando nem como termina a queda. Para já devido à minha experiência nesta "actividade radical" adquiri "equipamento de segurança", mais tarde revelarei a qualidade de tal produto.